Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais. Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Lya Luft
Frequenta o abandono quem vive um quase namoro, fantasia reciprocidade,
aceita abraço frouxo, conversa sem olho no olho, ausência de carícia.
Frequenta o abandono quem vê na recusa uma possibilidade de mudança
ignorando os sinais óbvios da distância.
Frequenta o abandono quem não reconhece que ser bem tratada
não é um mérito, mas uma condição e chama migalha de banquete.
Frequenta o abandono com assiduidade quem se contenta com tão pouco
que o outro para mantê-la pode dar cada vez menos...
Ser bem tratada não é um mérito, é uma condição.
O mínimo que alguém pode fazer por mim
é estar comigo ao máximo.
(Marla de Queiroz)